— Nós precisamos ter a paciência necessária para uma batalha difícil — afirmou Merkel durante um discurso em Sydney. — Quem teria pensado que 25 anos depois da queda do Muro (de Berlim), depois do fim da Guerra Fria, depois do fim da divisão da Europa e do fim de um mundo dividido em dois, aconteceria algo assim em pleno coração da Europa?
No evento no Instituto de Política Internacional Lowy, a chaceler destacou que o Ocidente está trabalhando duro para encontrar uma solução ao conflito e ressaltou que a Alemanha “não poupará esforços para promover um caminho diplomático”. No entanto, Merkel também afirmou que está comprometida com as sanções econômicas contra Moscou. Nos últimos meses, a União Europeia, Estados Unidos e Austrália aprovaram as sanções mais severas contra a Rússia desde o fim da União Soviética.
Merkel ainda pediu união na luta contra Moscou e afirmou que o Ocidente poderia utilizar as lições da história para abordar as discussões com a Rússia.
— O maior perigo é permitir nossa separação, divisão, que se acredite na divisão entre nós — disse Merkel.
ELEIÇÕES SEPARATISTAS EM DEBATE
Reunidos em Bruxelas, chanceleres da UE vão discutir formas de responder às eleições do início do mês realizadas por separatistas no Leste da Ucrânia, bem como formas de lançar reformas na Ucrânia e de envolver a Rússia na busca de uma solução para o conflito.
— Nós vamos discutir qual será a melhor opção para reagir às chamadas eleições de 2 de novembro, que todos nós dissemos que eram ilegais e ilegítimas e vão requerer uma reação do lado da União Europeia — disse a jornalistas a responsável pela Política Externa da UE, Federica Mogherini, ao chegar para a reunião.
Federica ressaltou que o objetivo do encontro não é estabelecer sanções por si só, mas usar a medida como instrumento para uma estratégia mais ampla de embargo.
MAIS CONFRONTOS
Enquanto isso, na manhã desta segunda-feira, ocorreram explosões no Centro da cidade. Autoridades municipais informaram que um civil morreu e oito ficaram feridos durante os combates do fim de semana.
Kiev e os países ocidentais acusam Moscou de apoiar militarmente os rebeldes, o que a Rússia nega. Desde o início do conflito na região, em abril, mais de 4.100 pessoas morreram, segundo a ONU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário