Hinos

sábado, 15 de novembro de 2014

O roteiro dos atos de protesto deste sábado.



Veja na seção O País quer Saber uma relação de capitais incluídas no roteiro dos protestos deste sábado. Como mostram os comentários abaixo, o excesso de informações conflitantes sobre horários e locais impediu a montagem de uma lista que contivesse todas as cidades que programaram manifestações de rua.  
São Paulo ─ Av. Paulista, diante do MASP ─ 14h
Rio de Janeiro ─ Av. Atlântica, em frente do Copacabana Palace ─ 14h
Belo Horizonte ─ Praça Sete de Setembro ─ 14h
Porto Alegre ─ Parque Moinhos de Vento ─ 14h
Florianópolis ─ Terminal de Integração do Centro TICEN ─ 14h
Curitiba ─ Praça Rui Barbosa ─ 14h
Brasília ─ Esplanada dos Ministérios ─ 14h
Salvador ─ Farol da Barra ─ 15h
Fortaleza ─ Av. Barão de Studart, em frente do Palácio da Abolição -15h
Campo Grande ─ Praça da Rádio Clube ─ 14h
Manaus - Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas – 15h

Havia dois grupos de manifestantes: quem apoia a volta da Ditadura Militar e aqueles que eram contra
Por: Agência Brasil
Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, concentraram-se em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista, neste sábado (15) . Eles pediram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). A manifestação foi acompanhada por mais de 500 policiais militares.
Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando “fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção à Praça da Sé.
Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.
O representante da Liga Cristã Mundial, padre Carlos Maria de Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios elétricos, pedindo o impeachment de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros foram “roubados e vilipendiados”. O padre também declarou ser contra a ditadura dos gays.
“O movimento LGBT está querendo impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada”, disse em entrevista.

Em cima do trio e vestindo uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defendeu a saída de Dilma da Presidência. “O que nos move aqui é o desgoverno do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas condutas deixam o povo indignado”, disse. Bolsonaro acrescentou as denúncias de corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade "indignada”.

Em entrevista, o deputado eleito, que compareceu armado na primeira manifestação contra o governo de Dilma, na capital paulista, disse que não portava sua arma, no ato de sábado. “Tenho amigos fazendo a minha segurança aqui e decidi não vir armado”, contou.

Perguntado por que participou da primeira manifestação portando arma de fogo, ele respondeu que é policial. “A conduta normal de um policial é andar armado mesmo fora de serviço”, disse.
Sobre a divisão dos manifestantes entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe militar, o deputado disse que há uma “coisa em comum” que é ser contra o governo de Dilma e do PT. “Somos democráticos e há espaço para todos. Se alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra o governo”, completou.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Presidência da República informou que não comentaria sobre as manifestações.



Conheça o novo projeto da Estação Antártica Brasileira.

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Projeto vencedor que fará estação do Brasil na Antártica
 No dia 7 de maio, a Marinha do Brasil e o Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB) realizaram a cerimônia de premiação dos projetos selecionados para a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).  O concurso foi lançado no dia 8 de janeiro, na sede do IAB, no Rio de Janeiro.
O projeto vencedor foi idealizado pela equipe do Arquiteto e Urbanista Fábio Henrique Faria, do Estúdio 41, de Curitiba (PR). Foram 109 equipes inscritas, coordenadas por arquitetos, com 74 trabalhos entregues. Além de ter o projeto contratado para execução, o vencedor recebeu um prêmio de R$ 100 mil.
De acordo com o Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, Contra-Almirante Marcos Silva Rodrigues, “há 32 anos o Brasil está na Antártica. Os estrangeiros que estiveram na estação ficaram impressionados com a logística e a resposta com que rapidamente iremos criar uma estação definitiva”.
O Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, lembrou do apoio recebido após o incêndio. “Depois da tragédia, o mais importante foi o apoio que o PROANTAR recebeu. Nós começamos a trabalhar em prol da futura Estação Antártica e, agora, os desafios continuam, pois ainda temos muito trabalho pela frente”, disse. 
Com uma área total em torno de 3,2 mil m², a estação será reconstruída no mesmo local onde estava a anterior, com um investimento na ordem de R$ 72 milhões. A capacidade estimada é de 64 pessoas durante o verão e de 34 no inverno. A estação abrigará uma população formada por militares da Marinha do Brasil e pesquisadores. Os civis, de maneira geral, permanecem em pesquisas por períodos de 30 dias, durante o verão antártico, que vai de novembro a março. Já os militares ficam na estação durante um ano para apoiar o desenvolvimento das atividades de pesquisa, prover a manutenção das instalações e manter, permanentemente, a presença brasileira no continente. Eventualmente, a estação também recebe visitantes brasileiros e estrangeiros.
Veja  as fotos da nova Estação

AMRJ realiza manobra de “Load-In” com o Submarino ‘Tamoio’ (S-31)

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Submarino Tamoio (S-31) durante a manobra de Load In no AMRJ
Por Luiz Padilha
destaqueNo último dia 27, foi realizada no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), a manobra de “Load-In” do Submarino Tamoio (S-31), o primeiro submarino fabricado no Brasil. Esta manobra consiste em retirar o submarino da água e colocá-lo no interior da Oficina de Construção de Submarinos, para o início de seu Período de Manutenção Geral (PMG).
Mas, antes de trazermos mais detalhes, vamos abordar a preparação do submarino para a manobra poder ser realizada.
A Preparação
Após seu último PMG, que capacitou o submarino a operar por quase 10 anos, chegou a hora de parar novamente e literalmente, “recarregar as baterias”. Para que isso fosse feito, o Tamoio precisou ser “aliviado” , o que demandou a retirada de  todos os líquidos de seus tanques, como  combustível, óleo e água potável.
Varios equipamentos não vitais à manutenção da flutuabilidade do submarino foram previamente retirados para manutenção nas oficinas do AMRJ, fazendo com que o submarino ficasse com o peso adequado para a manobra que viria a seguir.
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O Tamoio precisava também se livrar das cracas que tomaram conta de seu casco enquanto estava atracado no AMRJ, aguardando o processo de licitação para se definir qual empresa iria realizar a manobra de “Load In”. Pelas imagens, podemos ver que após a limpeza, o casco precisava apenas do trabalho rotineiro de preparação para receber sua camada de proteção.
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Todo o processo, desde a docagem até o “Load In” foi gerenciado pelo comandante do submarino Tamoio, o capitão-de-fragata Amilton Oliveira Ferreira, junto com o AMRJ e a Força de Submarinos. O comando de um navio durante este período requer uma tripulação muito unida, pois são muitos detalhes que precisam ser vistos e revistos, para o sucesso da manobra.
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Ao final do trabalho de preparação do casco, o navio então é recolocado no mar para a etapa mais crítica da manobra, o “Load In”.
O “Load In”
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Com o Tamoio pronto e de volta ao mar, a manobra segue seu curso, com o submarino sendo colocado no dique seco do ARMJ, onde uma balsa foi alagada e posicionada dentro do dique para receber o submarino. A manobra consiste em colocar o Tamoio dentro do dique e ao esvazia-lo, o submarino estará corretamente apoiado nos berços da balsa. Esta por sua vez, esgotará toda água de seu interior, para quando o dique voltar a se encher, a mesma flutue com o Tamoio junto.
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CF Amilton, o Imediato e oficiais na vela do Tamoio durante a manobra
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Submarino Tamoio posicionado para o início da manobra
Após a balsa ser retirada do dique seco com o Tamoio já apoiado nos berços especiais, a balsa é conduzida a posição de entrada para o galpão da Oficina de Construção de Submarinos, onde através de pontes especiais construídas para a manobra, o submarino será levado para dentro, onde será realizado seu PMG que deverá durar em torno de 2 anos e meio.
Com muito cuidado, numa manobra executada lentamente, o submarino vai sendo retirado da balsa puxado por trucks, num sistema especial controlado remotamente por um técnico da empresa contratada. Tudo executado através de um joystick onde a cada metro, era preciso checar o posicionamento do submarino para arria-lo corretamente nos berços.
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Ponstes especiais sendo posicionadas para o início da manobra
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A vela do Tamoio passando à centímetros da abertura do galpão
O submarino Tamoio ao entrar no galpão da Oficina de Construção de Submarinos, passa a centímetros do corte feito para este tipo de manobra.
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Fim da Manobra
Fim de Faina ou da Manobra, agora será iniciado o processo da Parada de Manutenção Geral – PMG, onde o casco do submarino será seccionado, para a retirada dos motores a diesel e do motor elétrico. Além dos motores que serão retrofitados, diversos equipamentos como baterias, bombas e sensores também serão trocados. Uma das novidades do PMG do Tamoio, será a instalação do novo console diretor de tiro da LM/Raytheon, adequando o submarino a disparar os novos torpedos pesados MK-48 ADCAP 6, adquiridos pela Marinha do Brasil. Espera-se que após este PMG, o submarino Tamoio, o primeiro fabricado no Brasil, possa operar por mais 10 anos, mantendo a prontidão da Força de Submarinos da Marinha do Brasil.
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Uma novidade durante a manobra foi o voo de um drone Phanton para capturar imagens
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Submarino Nuclear Brasileiro ‘Alvaro Alberto’ (SN 10).


A Marinha do Brasil tem como missão preparar e empregar o Poder Naval na defesa da Pátria, devendo estar pronta para atuar quando necessário.Sendo constituída por uma Força moderna, equilibrada e balanceada, a Marinha do Brasil (MB) deve dispor de meios navais, aeronavais e de uma Força de Fuzileiros Navais compatíveis com a grandeza e influência do País no cenário internacional, devendo estar permanente pronta para cumprir os propósitos estabelecidos na sua missão.
Há muito que a MB sabe da necessidade de se possuir uma arma submarina capaz de atuar longe de nossa costa, ampliando sobremaneira nossa capacidade de dissuasão. Desta necessidade nasceu o projeto para desenvolver o primeiro submarino nuclear brasileiro, e para isso, seria preciso dominarmos a produção de seu combustível e do reator da propulsão.
Face a inexistência de tecnologia na industria nacional para tocar o projeto adiante, a MB teve que partir literalmente do “zero” para alcançar seu objetivo. Na década de 70, a MB escolheu uma área de 8 milhões de m² em Iperó, próximo a cidade de Sorocaba, onde criou o Centro Experimental Aramar -CEA. A escolha do local se deveu a necessidade de estar próximo de uma linha de transmissão e lá passa justamente a linha de transmissão da usina hidroelétrica de Itaipu.
Neste centro, a MB desenvolveu o seu programa e hoje domina todo o ciclo de enriquecimento de urânio, que é o combustível do submarino, e da construção do reator de propulsão do mesmo. No CEA, a MB está construindo o Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), que será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as condições de operação possíveis para a planta de propulsão nuclear que equipará o SNB Álvaro Alberto (SN 10) , o nosso 1º submarino nuclear.
Através de um acordo de transferência de tecnologia, firmado em 2009 entre os governos do Brasil e da França, surgiu o PROSUB – Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que prevê a construção de 4 submarinos diesel-elétricos e 1 de propulsão nuclear. A construção de um Estaleiro e uma nova Base Naval se fez necessária para permitir a transferência completa desta tecnologia e desenvolver a Industria Nacional. Com a escolha do modelo oferecido pela DCNS, a mesma se associou à ODEBRECHT para construir o complexo do Estaleiro e Base Naval(EBN).

Como será o SN 10?

Como parte do acordo firmado, a MB enviou à Ecole des Apllications Militaires de l’Energie Atomique, localizada na França, seus engenheiros a fim de absorver o conhecimento necessário para se capacitarem a projetar o casco do futuro Submarino Nuclear Brasileiro- SNB.
A transferência de Tecnologia (ToT),  está ocorrendo em pontos diferentes da França. Em Cherbourg, 47 oficiais e 11 engenheiros da NUCLEP, estão realizando o detalhamento para a construção do SBr e do SNB. Em Toulon, 3 oficiais estão recebendo conhecimento sobre os sistemas de combate, em Sophia-Antipolis 2 oficiais estão recebendo conhecimento sobre o Sonar e em Lorient, 26 oficiais estudam o projeto do submarino.
O Defesa Aérea & Naval visitou as obras da UFEM, Base Naval e Estaleiro em Itaguaí e assistiu uma apresentação do Contra-Almirante (EN-RM1) Alan Paes Leme Arthouque na oportunidade nos esclareceu muitos pontos importantes sobre o nosso SNB.
Um dos pontos que Defesa Aérea & Naval buscou esclarecimento,  foi quanto a “Sala de Mísseis”, que aparece em diversos folders distribuídos por várias mídias, alguns deles feitos pela própria MB. O CA Alan nos informou que o SNB Álvaro Alberto (SN 10) não terá a sala de mísseis, devendo o nosso SNB, no que tange a armamento, seguir a linha do SBr classe Riachuelo, ou seja, haverá muita similaridade com o armamento do projeto atual em andamento. A MB poderá no futuro, quando da construção do 2º ou do 3º SNB, vir a instalar uma sala de mísseis, mas, até o momento, isso não consta do programa.
O SNB Álvaro Alberto (SN 10) deslocará 6.000 toneladas, terá a capacidade de mergulhar até 350 metros ou mais e desenvolverá uma velocidade máxima em torno de 24 nós, podendo chegar a 26 nós. Sua autonomia deverá ser de 3 meses a cada patrulha, limitada apenas pelo fator humano.
Ainda segundo o CA Alan, o SNB Álvaro Alberto (SN 10), por motivo da complexidade de seus sistemas e da necessidade de alta especialização de seu pessoal, terá uma tripulação composta exclusivamente por oficiais e sargentos especialistas (100). Os oficiais e sargentos terão que fazer um curso de especialização por 2 anos e meio e serem aprovados através de exame na CNEN. Uma vez aprovados, poderão fazer parte da tripulação do SNB. A MB poderá no futuro, estudar a possibilidade de cabos fazerem este curso e virem a tripular o SNB.
A indústria nacional está se capacitando para atender ao PROSUB. Já existem 5 empresas selecionadas e outras mais estarão entrando no projeto a medida em que forem aprovadas. Das 5 já selecionadas, temos a Termomecânica, que irá fabricar componentes para trocadores de calor dos submarinos convencionais; a Howden South America fabricará os ventiladores, a Zollern fabricará os mancais de escora, a Adelco desenvolverá e fabricará os conversores estáticos e a Fundação Atech foi selecionada para receber o treinamento e participar do desenvolvimento de módulos de software do Sistema de Combate dos submarinos convencionais. Com o Álvaro Alberto, a indústria nacional dará um passo qualitativo sem precedentes na história do País.
A construção do Submarino Nuclear Brasileiro, demandará mais de 900.000 peças para sua conclusão. Apenas para efeito comparativo, reparem na imagem abaixo, a complexidade deste projeto.
Outro ponto abordado foi sobre o casco de pressão do SNB Álvaro Alberto (SN 10). O CA Alan explicou que o mesmo não será duplo, devendo ter 10 metros de diâmetro e 100 metros de comprimento, seguindo o padrão de construção do SBR, recebendo as alterações necessárias na área do reator.
Por ser um projeto novo, o máximo de inovação no mesmo deverá ficar na casa dos 30%  pois, acima desse número, pode-se cair no que em engenharia naval se conhece como “linha da incerteza”, e o ideal neste momento é fazer o simples para se obter sucesso. Dentro desses 30% de inovação, temos a não utilização de engrenagem redutora (fonte de ruídos) o que, por si só, já diminui um dos principais problemas desta classe de submarinos.
Abaixo temos 2 imagens, onde a superior mostra o esquema de propulsão utilizado nos Submarinos Nucleares americanos e na outra imagem, como será o projeto brasileiro.
Sistema Americano
Sistema Nacional

O Reator Nuclear para propulsão naval

“A energia nuclear ou núcleo-elétrica é proveniente da fissão do urânio em reator nuclear. Apesar da complexidade de uma planta nuclear, seu princípio de funcionamento é similar ao de uma termelétrica convencional, onde o calor gerado pela queima de um combustível produz vapor, que aciona uma turbina, acoplada a um gerador de corrente elétrica.
Em uma central nuclear, o calor é produzido pela fissão do urânio no reator que necessita de um sistema de controle para a reação nuclear (hastes absorvedoras de nêutrons) e uma blindagem eficiente contra os nêutrons e raios gamas emitida pelo produto da fissão. O modelo de reator empregado nos submarinos nucleares e desenvolvido pela marinha é do tipo de água pressurizada (Pressurized Water Reactor – PWR) constituído por três circuitos: primário, secundário e de refrigeração.
No circuito primário a água é aquecida pela energia liberada pela reação da fissão nuclear e está submetida à alta pressão. Em seguida, esta água passa por uma tubulação trocando calor e vaporizando a água do circuito secundário no gerador de vapor, sem que haja contato físico entre os dois circuitos. O vapor gerado aciona uma turbina, que alimenta os geradores do Sistema Elétrico de Propulsão e do Sistema Elétrico de Serviço do submarino.” (CTMSP)
O reator do SNB irá gerar 50 MW (megawatts) térmico, o suficiente para que o submarino tenha o desempenho desejado. A MB estuda para a partir do SN 11 em diante, trocar a pastilha de urânio por placa. A troca de pastilha por placa pode melhorar a superfície de troca de calor em até 50%, o que permitiria um acréscimo na potência do reator de 50 MW térmico para 75 MW térmico.
A vida útil do combustível nuclear no SNB será de 5 anos e, após esse período, o submarino será levado para um dos 2 diques que estão sendo construídos na Base/Estaleiro em Itaguaí para sua troca. Essa troca não necessitará de corte do casco de pressão do submarino, o que resultará num período muito menor de inatividade. O combustível será retirado através de acesso especialmente projetado para este fim no casco do submarino e, por meio de uma ponte rolante instalada na “ilha nuclear” da base, será levado para uma piscina projetada para receber este material, onde ficará por um período de 10 anos antes que possa ser removido para local apropriado.

Motor Elétrico Principal (MEP)

O SNB Álvaro Alberto (SN 10) será equipado com um motor desenvolvido entre a MB e uma empresa brasileira à ser definida após licitação. O  Álvaro Alberto receberá 2 motores elétricos. Eles serão instalados em série  e acoplados ao mesmo eixo, cada um gerando 3.500(KW)  perfazendo um total de 7.000(KW).

Sistema de Comando Tático

O sistema de comando tático escolhido foi o DCNS SUBTICS (Submarine Tactical Information and Command System), o mesmo que será utilizado no classe Riachuelo, salientando que o mesmo sofrerá as atualizações necessárias até a conclusão do submarino.

Sistema de Armas

Como na classe Riachuelo, o SNB Álvaro Alberto (SN-10), irá utilizar o torpedo pesado F-21, o míssil anti-navio SM 39 Mod Block 2 (Exocet MM40 encapsulado) e minas.

Sistema de Auto Defesa

A MB seguirá com o sistema CONTRALTO® utilizado na classe Riachuelo.

Conclusão e Incorporação

O SNB Álvaro Alberto (SN 10) deverá ser lançado ao mar em 2023, e por ser o nosso 1º submarino nuclear, precisará de 2 anos para ser certificado. Serão necessários vários testes de mar, de cais e de sistemas antes de ser efetivamente aprovado para ser comissionado e entregue à Marinha do Brasil em 2025.
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