Hinos

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Teologia libertária e o comunismo cubano.


A relação do comandante cubano com a religião, contadas por Frei Betto


Logo após o triunfo da revolução cubana em 1959, um ano depois Fidel Castro enfrentou problemas com a doutrina católica na Ilha. Ele assinou um decreto que definia que as terras com mais de 420 hectares seriam divididas entre os camponeses. Fato que desagradou a Igreja Católica.


Em resposta à atitude do comandante veio rápida, o Papa João XXIII que excomungou Fidel Castro. Mas não foi por conta do episódio que o líder cubano se considerava ateu. Para um certo frei dominicano, de Belo Horizonte, orientado pela teologia da libertação, os objetivos da religião, ou do próprio comunismo são idênticos. Conta Frei Betto em sua obra: Fidel e a Religião.


Foi numa conferência eclesiástica no Chile, em 1971, que Betto teve a oportunidade de conhecer o comandante da revolução mais de perto. Naquela ocasião, se discutia o papel da religião nos países com grande índice de pobreza.


No ano de 1985 o frei brasileiro fez uma visita oficial a Cuba, com o objetivo de entrevistar o líder a respeito do assunto. No seu livro “Fidel e a Religião” evidência com riquezas de detalhes a viagem, o país e o povo cubano.


Acompanhado pelos pais e por Joelmir Beting, Betto por vinte e três horas, em quatro encontros em Havana, estimulou muitas reflexões do revolucionário. Conversaram sobre saúde, economia, socialismo, capitalismo e até culinária, mas o assunto mais esmiuçado foi a religião e, todos os assuntos estão reunidos no livro.


Fidel nesse encontro faz a seguinte consideração, “Afinal, o que estamos pregando ao povo? Que mate? Que roube? Que seja egoísta?[...] É exatamente o contrário. Ainda que por motivos diferentes”, disse o comandante ao autor.


Ele descobriu nessas visitas que os cidadãos cubanos têm liberdade religiosa. A mais praticada é a santería - fusão de crenças católicas com rituais africanos, mas também há crenças tradicionais: catolicismo e protestantismo que coexistem pacificamente.



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