A Rússia testou recentemente com sucesso seu novo míssil nuclear Bulava, lançado a partir de um submarino. O míssil atingiu seu alvo com uma precisão absoluta na última quarta-feira (10).
O almirante Viktor Chirkov, comandante naval do teste, disse que Bukava decolou do Mar Branco e alcançou seu objetivo no leste do país minutos depois. O míssil pode viajar 8.000 quilômetros na forma de seis a dez ogivas.
Com os laços com o Ocidente fragilizados por conta da crise na Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin argumentou que a Rússia, incapaz de importar da indústria de defesa estrangeira por conta de sanções impostas pela Europa e EUA, precisa manter seu poder de dissuasão nuclear para fazer frente ao que chamou de “crescente ameaça de segurança”.
A pergunta que não quer calar é: esses novos mísseis e testes vão começar mais uma corrida armamentista?
É muito cedo para dizer.
O vídeo abaixo mostra a explosão atômica de uma bomba da Operação Redwing no atol de Bikini, uma série de 17 explosões nucleares dos Estados Unidos feitas de maio a julho de 1956.
Essa operação seguiu o Projeto 56 e precedeu o Projeto 57. A intenção principal era testar uma segunda geração de dispositivos termonucleares, e também ser uma resposta a um novo desenvolvimento atômico soviético: a RDS-6, a primeira bomba de hidrogênio da história. Tudo isso fez parte da corrida armamentista dos anos 50.
Atualmente, como resultado dos tratados bilaterais de redução de ogivas, os Estados Unidos afirmam não estar renovando seu arsenal de mísseis, optando por modernizar gradativamente o seu arsenal antigo.
Com a chegada pública do Bulava, não é difícil imaginar os “senhores da guerra” americanos pressionando por uma modernização do arsenal nuclear. Salve-se quem puder! [Gizmodo, Globo]
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