O
Programa Nuclear da Marinha, que está a cargo do Centro Tecnológico da
Marinha em São Paulo (CTMSP), foi iniciado em 1979 e está dividido em dois grandes projetos:
Domínio do ciclo do combustível nuclear; e
Construção do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (LABGENE).
O
Brasil já domina o ciclo do combustível nuclear. Em fevereiro de 2012,
a Marinha do Brasil inaugurou, nas dependências do Centro Experimental
Aramar (CEA), a Unidade de Produção de Nitrato de Uranilo (NTU),
primeira etapa para a consolidação da Unidade Piloto de Hexafluoreto de
Urânio (USEXA), a qual permitirá a produção, no Brasil, do combustível
nuclear em escala industrial. A conversão de urânio, ou seja, a
transformação do yellow cake em Hexafluoreto de Urânio (UF6) é a
última etapa a ser consolidada no País, em escala industrial, dentro do
ciclo do combustível nuclear.
O
domínio dessa tecnologia, que não é repassada pelos países que a
possuem, permite ao Brasil dispor de uma alternativa energética para
atender ao consumo interno ou para venda no mercado internacional.
O
LABGENE tem o propósito de desenvolver a capacidade tecnológica
nacional para o projeto, construção, operação e manutenção de reator
nuclear do tipo PWR (Pressurized Water Reactor), que será empregado na
propulsão do primeiro Submarino Nuclear (SN-BR) a ser construído no
Brasil. Para a capacitação de pessoal para a operação do LABGENE, foi
implantado o Centro de Instrução e Adestramento Nuclear de Aramar
(CIANA), em fevereiro de 2012.
O
PNM, por meio das atividades e projetos desenvolvidos pelo CTMSP, em
parcerias com universidades, institutos de pesquisa e com a indústria
nacional, trouxe ao País, elevado ganho em tecnologia e qualidade.
Como
resultado desse grande esforço nacional, o Brasil tem capacidade de
projetar e fabricar o próprio combustível, sem nenhuma dependência
externa, e o conhecimento para projetar e construir plantas nucleares
de potência.
Importância estratégica:
obtenção
de capacidade técnica para projeto, construção e operação de plantas
núcleo-elétricas para a geração de energia, quer para a alimentação
elétrica das cidades, quer para a propulsão naval, como a do SN-BR; e
domínio
do ciclo do combustível nuclear, capacitando o País a produzir
combustível para o funcionamento de usinas termonucleares, com
tecnologia nacional.
Principais benefícios:
criação de empregos diretos e indiretos;
fomento da Indústria Nacional de Defesa;
arrasto tecnológico;
domínio de tecnologia sensível;
domínio de tecnologia sensível;
capacitação e aprimoramento de mão-de-obra; e
desenvolvimento de planta núcleo-elétrica de emprego dual.
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