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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Programa Nuclear da Marinha

O Programa Nuclear da Marinha, que está a cargo do Centro Tecnológi­co da Marinha em São Paulo (CTMSP), foi iniciado em 1979 e está dividido em dois grandes projetos:
 
 Domínio do ciclo do combustível nuclear; e
 Construção do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (LABGENE).
O Brasil já domina o ciclo do com­bustível nuclear. Em fevereiro de 2012, a Marinha do Brasil inaugurou, nas dependências do Centro Experimental Aramar (CEA), a Unidade de Produção de Nitrato de Uranilo (NTU), primeira etapa para a consolidação da Unida­de Piloto de Hexafluoreto de Urânio (USEXA), a qual permitirá a produção, no Brasil, do combustível nuclear em escala industrial. A conversão de urâ­nio, ou seja, a transformação do yellow cake em Hexafluoreto de Urânio (UF6) é a última etapa a ser consolidada no País, em escala industrial, dentro do ci­clo do combustível nuclear.
O domínio dessa tecnologia, que não é repassada pelos países que a pos­suem, permite ao Brasil dispor de uma alternativa energética para atender ao consumo interno ou para venda no mercado internacional.
O LABGENE tem o propósito de desenvolver a capacidade tecnológica nacional para o projeto, construção, operação e manutenção de reator nu­clear do tipo PWR (Pressurized Water Reactor), que será empregado na pro­pulsão do primeiro Submarino Nucle­ar (SN-BR) a ser construído no Brasil. Para a capacitação de pessoal para a operação do LABGENE, foi implan­tado o Centro de Instrução e Adestra­mento Nuclear de Aramar (CIANA), em fevereiro de 2012.
O PNM, por meio das atividades e projetos desenvolvidos pelo CTMSP, em parcerias com universidades, ins­titutos de pesquisa e com a indústria nacional, trouxe ao País, elevado ganho em tecnologia e qualidade.
Como resultado desse grande esforço nacional, o Brasil tem capaci­dade de projetar e fabricar o próprio combustível, sem nenhuma depen­dência externa, e o conhecimento para projetar e construir plantas nu­cleares de potência.

Importância estratégica:
 obtenção de capacidade técnica para projeto, construção e operação de plantas núcleo-elétricas para a geração de energia, quer para a alimentação elé­trica das cidades, quer para a propulsão naval, como a do SN-BR; e
 domínio do ciclo do combustível nuclear, capacitando o País a produzir combustível para o funcionamento de usinas termonucleares, com tecnologia nacional.

Principais benefícios:
 criação de empregos diretos e indiretos;
 fomento da Indústria Nacional de Defesa;
 arrasto tecnológico;

 domínio de tecnologia sensível;
 capacitação e aprimoramento de mão-de-obra; e
 desenvolvimento de planta núcleo-elétrica de emprego dual.

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