O
mar sempre esteve relacionado com o progresso do Brasil, desempenhando
relevante papel na História do País, desde o seu Descobrimento.
A
natural vocação marítima brasileira é respaldada pelo seu extenso
litoral e pela importância estratégica que o Atlântico Sul representava,
não somente para os países lindeiros, mas para todas as nações,
mormente as grandes potências mundiais. A Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar, a Convenção da Jamaica de 1982, estabeleceu
novos limites para o Mar Territorial (12 milhas náuticas), Zona Contígua
(de 12 a 24 milhas náuticas) e para a Zona Econômica Exclusiva (de 12 a
200 milhas náuticas). Além disso, os países ainda podem estender suas
Plataformas Continentais até o limite máximo de 350 milhas náuticas.
Para
o Brasil, a Convenção da Jamaica possibilitou o estabelecimento de
águas jurisdicionais que somam aproximadamente 4,5 milhões de
quilômetros quadrados, a Amazônia Azul, onde o País exerce o direito
exclusivo de exploração sobre os recursos econômicos.
Nessa
imensa área, estão valiosos recursos, como nossas maiores reservas
petrolíferas e de gás natural, o grande pilar da matriz energética do
País. Podemos, também, destacar um importante potencial para a pesca e a
aquicultura.
Apesar
de seu território continental, o Brasil tem, em suas relações
comerciais, um padrão semelhante ao Reino Unido ou do Japão: quase a
totalidade de seu comércio exterior é feito pelo mar.
Torna-se,
portanto, imperiosa a necessidade de se cuidar desse notável
patrimônio, diuturnamente, patrulhando as águas jurisdicionais.
Atualmente,
a Marinha do Brasil cumpre a tarefa de patrulhar essa área tão extensa
utilizando, primordialmente, os Navio-Patrulha (NPa).
Modernos, bem equipados e armados,
os NPa realizam missões de patrulha costeira, de busca e salvamento e
de patrulhamento das áreas petrolíferas, entre muitas outras. De grande
flexibilidade, operam subordinados aos Distritos Navais e já
demonstraram a importância de seus emprego no litoral e em águas
interiores.
Os nove NPa da Classe “Piratini”
operam a partir de bases em Belém (PA) e em Ladário (MS), realizando
patrulhas nas áreas costeiras e nos rios da região. Fabricados no
Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, atingem a velocidade de 18 nós e
possuem 29 metros de comprimento.
A Marinha do Brasil conta ainda com 12 NPa da Classe “Grajaú”, dos quais seis foram construídos no Brasil e seis na Alemanha. Dotados de Global Maritime Distress and Safety System (GMDSS),
um moderno sistema de alerta para a salvaguarda da vida humana no mar,
são navios extremamente eficientes e, graças às suas características de
velocidade máxima de 27 nós, mobilidade, poder de fogo e flexibilidade
de emprego, são particularmente úteis na realização de missões de
infiltração de forças especiais, além das diversas missões de patrulha.
Além desses, ainda existem os quatro NPa da Classe “Bracuí”,
com sede em Rio Grande (RS) e Belém (PA). Navios oriundos da Marinha
britânica, de porte médio e robustos, possuem condições de enfrentar as
adversidades em mar grosso. Medem 48 metros de comprimento e atingem a
velocidade de até 15 nós.
Com
características adequadas para as suas tarefas, os NPa da nossa Marinha
se mantém em constante adestramento e se encontram prontos para efetuar
as diversas missões que lhes são atribuídas.
Assim, os NPa seguem patrulhando a Amazônia Azul, garantindo os interesses nacionais nas águas jurisdicionais brasileiras.
:: Os Navios da Selva - Patrulhando os Rios
A
Marinha está presente na fronteira oeste desde 19 de fevereiro de 1827,
data da criação do Arsenal de Marinha da Província de Mato Grosso, em
Cuiabá. Esse ato caracterizou o primeiro passo da Marinha de Guerra do
Império para o estabelecimento de um ponto de apoio sobre a rota fluvial
de penetração ao norte da província. Designado Comandante, o Primeiro
Tenente Augusto Leverger, posteriormente Barão de Melgaço, foi o
primeiro oficial a comandar uma Força Naval no Pantanal, o Trem Naval de
Mato Grosso.
O
Comando do 6º Distrito Naval é uma Organização Militar da Marinha do
Brasil, cuja responsabilidade engloba uma faixa de fronteira em área
considerada indispensável para a segurança Nacional. Tem jurisdição
sobre os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a ação de
presença constante de suas Forças Operativas se constitui num importante
e necessário fator de segurança, principalmente nas regiões de
fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Situado na cidade de Ladário à
beira do rio Paraguai, o complexo Naval de Ladário (CNLa) abriga oito
organizações Militares (OM) da Marinha do Brasil (MB) – o Comando do 6º
Distrito Naval (Com6ºDN), a Base Fluvial de Ladário (BFLa), o Comando da
Flotilha do Mato Grosso (Com FlotMT), o Hospital Naval de Ladário
(HNLa), o Grupamento de Fuzileiro Navais de Ladário (GptFNLa), o
Depósito Naval de Ladário (DepNavLa), o 4º Esquadrão de Helicópteros de
Emprego Geral (EsqdHU-4) e o Serviço de Sinalização Náutica do Oeste
(SSN-6). Além dessas, a MB ainda possui uma nova OM na área situada no
centro de Corumbá – a Capitania Fluvial do Pantanal (CFPn).
O pórtico de acesso ao CNLa, conhecido como o Arco do triunfo do Pantanal, é um símbolo da cidade de Ladário, tendo sido construído pelo Capitão-de-Fragata Manuel Ricardo da Cunha Couto em 14 de março de 1873, como portão de entrada do então Arsenal de Marinha do Ladário.O pórtico de acesso ao CNLa, conhecido como o Arco do triunfo do Pantanal, é um símbolo da cidade de Ladário, tendo sido construído pelo Capitão-de-Fragata Manuel Ricardo da Cunha Couto em 14 de março de 1873, como portão de entrada do então Arsenal de Marinha do Ladário.
O Componente anfíbio, especializado em operações nos inóspitos terrenos pantaneiros, é o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário. Suas origens históricas remontam ao ano de 1932, quando foi criada a 1ª Companhia Regional de Fuzileiros Navais. Pioneira entre as Companhias Regionais do Corpo Fuzileiros Navais, em 1963 passou a se denominar Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladários. Além de segurança das instalações distritais, seus integrantes são mantidos adestrados, estando sempre prontos a participar de operações ribeirinhas e de demais ações necessárias ao cumprimento da missão que cabe a eles.
Como OM de Apoio na área do 6º Distrito Naval, também fazem parte do Complexo Naval de Ladário a Base Fluvial, O Hospital Naval e o Depósito Naval.
O pórtico de acesso ao CNLa, conhecido como o Arco do triunfo do Pantanal, é um símbolo da cidade de Ladário, tendo sido construído pelo Capitão-de-Fragata Manuel Ricardo da Cunha Couto em 14 de março de 1873, como portão de entrada do então Arsenal de Marinha do Ladário.O pórtico de acesso ao CNLa, conhecido como o Arco do triunfo do Pantanal, é um símbolo da cidade de Ladário, tendo sido construído pelo Capitão-de-Fragata Manuel Ricardo da Cunha Couto em 14 de março de 1873, como portão de entrada do então Arsenal de Marinha do Ladário.
O Componente anfíbio, especializado em operações nos inóspitos terrenos pantaneiros, é o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário. Suas origens históricas remontam ao ano de 1932, quando foi criada a 1ª Companhia Regional de Fuzileiros Navais. Pioneira entre as Companhias Regionais do Corpo Fuzileiros Navais, em 1963 passou a se denominar Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladários. Além de segurança das instalações distritais, seus integrantes são mantidos adestrados, estando sempre prontos a participar de operações ribeirinhas e de demais ações necessárias ao cumprimento da missão que cabe a eles.
Como OM de Apoio na área do 6º Distrito Naval, também fazem parte do Complexo Naval de Ladário a Base Fluvial, O Hospital Naval e o Depósito Naval.
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