Leandro Mazini
É emblemática a escolha do ex-governador da Bahia Jaques Wagner para
ministro da Defesa. Ele passou a ser o novo queridinho da presidente
Dilma, com quem já mantinha boas relações quando ministro da
Previdência, e ela no de Minas e Energia. E sempre foi homem de
confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Então Lula e Dilma – os dois presidentes do Brasil (nunca antes na
História deste País houve dois presidentes) – decidiram colocar no
ministério civil que controla as três Forças Armadas alguém de muita,
muita confiança para comandar um orçamento conjunto muito, muito
bilionário.
Para citar apenas três grandes aquisições das Forças que estão em andamento – e pagamento:
O submarino nuclear cuja tecnologia foi adquirida do governo da França
(Ainda constroem no Rio o estaleiro adaptado ao projeto, ao custo de
mais de US$ 1 bilhão só a ‘oficina’); Ainda para a Marinha, há o projeto
de encomendar dois porta-aviões para os caças suecos Gripen que começam
a aterrissar no Brasil em 2018.
Por falar nos caças, a compra mais vultosa é a da Força Aérea Brasileira, via [Comando] Ministério
da Aeronáutica: US$ 10 bilhões, por baixo, para a aquisição de 36 caças
supersônicos de primeira linha. Menciona-se, ainda, os helicópteros
EC725 franceses encomendados. E ainda há os cargueiros os jatos de
quatro turbinas KC-390, fabricados pela Embraer, já encomendados pela
FAB para substituir os robustos quadrihélices Hércules.
Por fim, o [Comando] Ministério do Exército toca
projetos não menos bilionários de compras de equipamentos – tecnologia,
armas, tanques, caminhões, etc – para o SISFROM, o sistema de
monitoramento das fronteiras, uma prioridade da Força, em especial para a
base já criada e em início de operação próximo a Foz do Iguaçu (PR), na
tríplice fronteira.
O Comandante Wagner passa a ser um dos ministros mais importantes do
atual governo, incluído no rol de Joaquim Levy (Fazenda) e Aloizio
Mercadante (Casa Civil), pelo montante de contratos que podem chegar a
US$ 100 bilhões. E também pelo potencial cargo de futuro coordenador de
campanha presidencial em 2018.
Como leitor é bom soldado, vai entender a estratégia desse QG governamental.
Coluna Esplanada/montedo.com/http://saladeestado.blogspot.com.br
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