A Marinha do Brasil incorpora à Armada
nesta quarta-feira (17) o navio hidroceanográfico fluvial (NHoFlu) “Rio
Branco”. A cerimônia de batismo, Mostra de Armamento e Transferência
para o Setor Operativo acontece no Cais da Indústria Naval do Ceará
(Inace), em Fortaleza (CE). A cerimônia é presidida pelo chefe do
Estado-Maior da Armada, almirante-de-Esquadra Wilson Barbosa Guerra.
Com cerca de 70% de conteúdo nacional, o
NHoFlu “Rio Branco” teve seu projeto de concepção realizado pelo Centro
de Projetos de Navios, tendo sido posteriormente detalhado pelo
estaleiro Inace, contratado após ter sido selecionado em processo
licitatório. Tal comprometimento com a construção do NHoFlu pelo
estaleiro demandou um incremento em sua capacidade tecnológica na
construção de navios militares e de pesquisa, gerando empregos e
contribuindo para o fortalecimento da indústria naval.
Destacam-se os aprimoramentos
introduzidos nas linhas de casco, que possibilitaram a redução do custo
de posse do navio, moderno Sistema de Controle e Monitoramento (SCM) e a
incorporação tecnológica do sistema de sanitários a vácuo e de uma
Unidade de Tratamento de Águas Servidas (UTAS), que incorporam
importantes conceitos de sustentabilidade.
O navio possui as seguintes
características: comprimento total - 47,34 metros, comprimento entre
perpendiculares - 44,40 metros, boca máxima - 8,45 metros, pontal - 3,55
metros, deslocamento leve 352,9 toneladas, deslocamento carregado 610,6
toneladas, calado leve - 1,25 metro, calado carregado - 1,97 metro,
tripulação: 6 oficiais, 8 SO/SG e 22 CB/MN, principais compartimentos
(relacionados com a atividade fim): laboratório seco; laboratório úmido;
paiol de amostras; e paiol de hidrografia.
O NHoFlu “Rio Branco” recebe o nome em
homenagem ao rio homônimo, que nasce no estado de Roraima, e tem sua foz
no rio Negro, e ao Barão do Rio Branco, considerado o patrono da
diplomacia brasileira.
O navio será empregado na coleta de dados
hidroceanográficos e em atividades inerentes à segurança da navegação.
Adicionalmente, poderá ser empregado na formação e adestramento de
pessoal, nas ações de presença em função de necessidades da política
externa brasileira, na coleta de dados ambientais em apoio ao
planejamento e à execução de operações ribeirinhas e em missões de
esclarecimento. Também poderá realizar, de maneira limitada, socorro e
obtenção de informações operacionais, em apoio aos órgãos
governamentais, na defesa civil, nas ações cívico-sociais e na
preservação do meio ambiente, bem como prover apoio logístico restrito
aos avisos hidroceanográficos fluviais (AvHoFlu), durante a realização
de campanhas hidroceanográficas.
A obtenção do navio está inserida no
Projeto de Cartografia da Amazônia, realizado em parceria com o Exército
Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e o Serviço Geológico do Brasil,
sob coordenação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da
Amazônia (CENSIPAM), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e
responsável pelo repasse dos recursos financeiros.
Coube à Marinha do Brasil (MB), por meio
da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), coordenar o Subprojeto de
Cartografia Náutica, de modo a apresentar, como produto final dos
trabalhos, cartas náuticas da Bacia Amazônica atualizadas na escala de
1:100.000.
A MB apresentou a necessidade de novos
meios navais para execução dos levantamentos hidrográficos, sendo
contemplada com recursos para a obtenção por construção de quatro avisos
hidroceanográficos fluviais (AvHoFlu) e um navio hidroceanográfico
fluvial (NHoFlu).
Características principais:Comprimento Total: 47,34 m
Boca Máxima: 8,45 m
Pontal: 3,55 m
Calado Máximo: 1,90 m
Deslocamento Carregado: 559,0 t
Velocidade Máxima: 11 nós
Velocidade de Cruzeiro: 8 nós
Raio de Ação: 9255 milhas
Tripulação: 38 homens (+5 Extra)
Fontes:Defesanet
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