Dilma participa de confraternização com comandantes militares |
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Em almoço com oficiais-generais generais do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (16) que defesa e
democracia andam juntas. Ela destacou os investimentos do governo no
fortalecimento das Forças Armadas e agradeceu o trabalho dos militares
em eventos como a Copa do Mundo e no apoio às forças civis de segurança
pública.
“No Brasil de hoje, defesa e democracia andam juntas. No Brasil que
estamos construindo, defesa, desenvolvimento e democracia se reforçam
mutuamente”, salientou, em discurso antes do almoço de confraternização
com os militares, no Clube da Aeronáutica, em Brasília.
Segundo Dilma, o governo tem atuado em duas frentes para fortalecer as
Forças Armadas: na valorização dos militares e na modernização dos
equipamentos com investimentos em tecnologia. Como exemplos dessa
política, a presidenta registrou a compra dos caças suecos para a Força
Aérea, a recente inauguração de um estaleiro para fabricação de um
submarino nuclear e a construção de um sistema integrado de
monitoramento de fronteiras para o Exército. “Essas iniciativas
expressam o compromisso do Estado brasileiro com a defesa de sua
soberania e o desenvolvimento nacional de uma indústria de defesa”,
ressaltou.
Ao lado do vice-presidente, Michel Temer, dos ministros da Defesa, Celso
Amorim, do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Siqueira, e
dos comandantes da Marinha, Aeronáutica e do Exército, além do chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Dilma agradeceu também aos
militares pelo trabalho na proteção das fronteiras e na defesa da
soberania do Brasil.
“As responsabilidades do Estado brasileiro por sua soberania são
intransferíveis. Um país pacífico não pode ser confundido com um país
indefeso. A dimensão das riquezas do nosso país exige que tenhamos
capacidade para protegê-las de qualquer tipo de ameaça”, ponderou.
O ministro Celso Amorim agradeceu a confiança de Dilma por tê-lo
convidado e mantido na pasta nos últimos quatro anos. Ele reconheceu que
teve “momentos árduos” no governo, mas não citou quais. “Procurei, na
medida de minhas forças, contribuir de maneira discreta e estabilizadora
para a tarefa complexa, que é fazer com que as Forças atuem bem, em
conjunto e que também se insiram, coordenadamente, no processo
democrático que o Brasil está vivendo”.
Mais cedo, Dilma Rousseff participou da cerimônia de apresentação de 117
oficiais-generais promovidos este ano. Em nenhum dos dois eventos, a
presidenta fez qualquer referência ao relatório da Comissão Nacional da
Verdade, entregue a ela na última quarta-feira (10).
O documento, resultado de dois anos e sete meses de trabalho do grupo,
inclui 377 agentes do Estado apontados como responsáveis por graves
violações de direitos humanos durante a ditadura militar, entre eles os
cinco generais que presidiram a República no período (1964-1985).
Agência Brasil/montedo.com
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