O soldado do Exército Danilo Marques foi assaltado numa das guaritas da
Granja do Torto, o imóvel que os presidentes da República utilizam como
casa de campo em Brasília. Deu-se na madrugada de terça-feira. O caso
foi registrado na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos da Polícia
Civil da Capital como uma ocorrência de roubo. Três homens armados
renderam o sentinela, fizeram-no refém por uma hora e meia e levaram uma
espingarda calibre 12. O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) também
abriu inquérito.
Os repórteres Kelly Almeida e Breno Fortes tiveram acesso à ocorrência
policial. O documento registra a versão do soldado. Ele disse ter notado
um “barulho no matagal”, às 3h30 de terça. Quando foi verificar o que
se passava, teria sido surpreendido por três homens armados e
encapuzados. Nessa versão, antes de fugir com a espingarda, os
assaltantes mantiveram o soldado como refém até as 5h.
Ouvido, o coronel Gilberto Breviliere, assessor de comunicação do
Comando Militar do Planalto, confirmou o roubo da espingarda. O soldado
foi afastado de suas funções. Por ora, ninguém foi preso. Segundo
Breviliere, a segurança da residência presidencial não foi comprometida.
“Não podemos divulgar a quantidade de militares que temos lá, mas a
segurança foi reforçada. O soldado está afastado para averiguações, para
se sentir melhor e até se lembrar de tudo o que aconteceu.”
Sob Lula, a Granja do Torto costumava ser usada para reuniões
ministeriais, festas juninas, churrascos e partidas de futebol com
assessores e amigos do presidente. Dilma gosta de visitar o local, a
cerca de 13 km do Planalto, na companhia do neto, Gabriel. Em julho, a
presidente cedeu a residência para o presidente de Cuba, Raúl Castro, em
visita oficial ao Brasil.
UOL Notícias/montedo.com
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