General Etchegoyen (Foto: Sargento Fabro/EASA) |
Do G1, em São Paulo
A família do general Leo Guedes Etchegoyen, morto em 2003, protestou
contra a inclusão do nome dele na lista de 377 agentes do Estado
considerados responsáveis por crimes na época da ditadura. Em nota, a
família do militar afirmou que as conclusões da Comissão Nacional da
Verdade, divulgadas nesta quarta (10), têm o propósito de "puramente
denegrir".
O texto é assinado pela viúva de Etchegoyen e cinco filhos, entre eles
Sergio Westphalen Etchegoyen, general da ativa do Exército brasileiro.
A comissão é criticada na nota por não ter contactado a família a respeito das acusações.
"Ao apresentar seu nome, acompanhado de apenas três das muitas funções
que desempenhou a serviço do Brasil, sem qualquer vinculação a fatos ou
vítimas, os integrantes da CNV deixaram clara a natureza leviana de suas
investigações."
Funções desempenhadas
O G1 entrou em contato com o general Sergio Westphalen Etchegoyen para
saber se houve reação dentro das Forças Armadas quanto ao seu
posicionamento público, mas ainda não obteve resposta.
Na lista divulgada pela comissão, é citado funções desempenhadas por Leo
Guedes Etchegoyen: "General de brigada. Secretário de Estado de
Segurança Pública do Rio Grande do Sul de novembro de 1964 a fevereiro
de 1965. Foi chefe do Estado-Maior do II Exército de agosto de 1979 a
julho de 1981. Assumiu a chefia do Estado-Maior do III Exército em
agosto de 1982".
Leia abaixo a nota assinada pela família do general Etchegoyen:
A comissão nacional da verdade (CNV) divulgou ontem seu relatório
final, onde relaciona 377 nomes sob a qualificação de "autores de graves
violações de direitos humanos". Nela consta o nome de Leo Guedes
Etchegoyen.
Sobre o fato, nós, viúva e filhos, manifestamos a nossa opinião.
Jamais fomos contatados por qualquer integrante ou representante
daquela comissão, nem o Exército recebeu qualquer solicitação de
informações ou documentos acerca de Leo G. Etchegoyen.
Ao apresentar seu nome, acompanhado de apenas três das muitas funções
que desempenhou a serviço do Brasil, sem qualquer vinculação a fatos ou
vítimas, os integrantes da CNV deixaram clara a natureza leviana de
suas investigações e explicitaram o propósito de seu trabalho, qual seja
o de puramente denegrir.
Ao investirem contra um cidadão já falecido, sem qualquer
possibilidade de defesa, instituíram a covardia como norma e a
perversidade como técnica acusatória.
No seu patético esforço para reescrever a história, a CNV apontou um
culpado para um crime que não identifica, sem qualquer respeito aos
princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Leo Guedes Etchegoyen representa a segunda geração de uma família de
generais que serve o Brasil, com retidão e patriotismo, há 96 anos.
Seguiremos defendendo sua honrada memória e responsabilizando os levianos que a atacarem.
Porto Alegre, RS , 11 de dezembro de 2014
Lucia Westphalen Etchegoyen, viúva
Sergio Westphalen Etchegoyen, filho
Maria Lucia Etchegoyen Orlandi, filha
Alcides Luiz Westphalen Etchegoyen, filho
Marcos Westphalen Etchegoyen, filho
Roberto Westphalen Etchegoyen, filho
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