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domingo, 23 de novembro de 2014

Marinha do Brasil reinicia o contrato do KC-2 Turbo Trader

Um Termo Aditivo (TA) de contrato foi assinado nesta sexta-feira pela Diretoria de Aeronáutica da Marinha e pela Marsh Aviation redefinindo as datas-chave do programa para este programa já tão atrasado. O TA também reconhece a entrada no programa da empresa M7 San Antonio, Texas, subsidiária da Elbit Systems of America.
O contrato original para os Tracker da MB foi assinado em 20 de outubro de 2011 e cobria a reforma das células, sua remotorização e a instalação de novos sistemas convertendo quatro Grumman C-1A Trader ex-US Navy em “KC-2” Turbo Traders. O NAe São Paulo devido à sua idade é limitado tanto na potência de suas catapultas quanto no comprimento de seu convoo. Isso torna a operação da aeronave E-2D Hawkeye muito mais moderna e também mais pesada praticamente impossível. Devido a esta limitação a Marinha do Brasil comprou oito células de Grumman C-1A anteriormente armazenadas no depósito de aeronaves AMARC usando o projeto testado e aprovado da Marsh Aviation para remotorizar o modelo para seu uso nas missões de Carrier On Board Delivery (COD) e de reabastecimento em voo (AAR). Os motores radiais originais Wright R-1820-8WA serão substituidos por um par de turbohélices Honeywell (Garrett) TPE331-14GR equipados com hélices de cinco pás Hartzell HC-135MA-5. O Painel analógico dos aviões sera modernizado com um kit EFIS da Astronautics. Estes Traders da Marinha se encontram armazenados nos fundos do galpão da Marsh Aviation em Mesa, Arizona.
A Marsh Aviation foi escolhida para realizer este trabalho porque ela era a unica empresa no mundo com ampla e exitosa experiência na remotorização de S-2/C-1A de maneira que eles preservassem sua capacidade de operação em Navios Aeródromos. A primeira causa de atraso neste contrato residiu no fato da linha de conversão na cidade de Mesa se encontrar inativa desde o fim da produção dos Turbo Tracker bombeiros entregues ao California Department of Forestry & Fire Protection. A linha teria que ser reiniciada do zero, com todo o pessoal contratado e treinado. Resolvido isso a Marsh e seu presidente foram acusados de “conspiração para violar a Lei de Controle de Exportação de Armas (Arms Export Control Act) dos EUA aofornercer motores T76 usados nos North American OV-10 Bronco da Furerza Aérea Venezolana entre os anos 2005 e 2008 enquanto o país se encontrava sob embargo. Uma grande investigação do governo Americano foi iniciada cobrindo todas as atividades da Marsh processo que se não fosse o contrato com a MB teria levado a empresa à falência. Isto custou muitos meses de paralização para o contrato brasileiro. “Este fato acarretou na perda momentânea das condições jurídicas necessárias para que a empresa continuasse a fornecer os serviços contratados” resumiu um release da Marinha em março de 2013. Na reportagem do jornal O Globo em março de 2013 consta que “Segundo a  Marinha, a Marsh foi inocentada pelo Departmento of Justiça dos EUA em outubro de 2012”, mas para chegar a este ponto, Floyd Stilwell, então presidente da  Marsh Aviation, admitiu sua culpa tendo que pagar uma multa de US$ 250.000,00. Ele teve que deixar o cargo, sendo substituído por sua filha. Ao final de todo o desgastante processo contra o governo americano a empresa se encontrou numa situação econômica muito complicada.
Um “Technical Assistance Agreement” foi finalmente assinado com a MB em 2013 permitindo que várias recomendações do Departmento de Estado dos EUA fossem adotadas pela Marsh Aviation. A forma da Marinha do Brasil de contornar as novas limitações legais e industriais da Marsh Aviation foi aceitar a sugestão deles de criar uma nova aliança com a Elbit Systems of America/M7. Ambas as empresas agora retomarão o trabalho de recuperação estrutural e remotorização, a Marsh Aviation permanecendo como o “main contractor”, detalhe que simultaneamente afasta o risco de falência e mantém o contrato brasileiro, já assinado e devidamente aprovado por todas as partes, “vivo” em meio a todo este ambiente de turbulência legal.
O primeiro protótipo do  KC-2 deve voar em novembro de 2017 e a entrega do primeiro avião operacional está marcado para dezembro de 2018.
Os futuros tripulantes dos KC-2 já estão recebendo treinamento básico na Academia da Força Aérea com a sua conversão para pouso embarcado sendo realizada na US Navy. Lá eles voam o T-45 Goshawk em NAS Kingsville e posteriormente seguem para o Advanced Multi-Engine MPTS E-2/C-2 Pipeline em Corpus Christi, no Texas, voando os T-44C Pegasus (Beech KingAir) . Quando os Turbo Traders e Trackers forem entregues eles serão operados pelo recém criado Primeiro Esquadrão de Transporte e de Alerta Antecipado (VEC-1) baseado na Base Aeronaval de São Pedro d’Aldeia.
 http://www.horadasnoticias.com/37941/ucrania-videos-e-noticias-da-guerra---ultimas-atualizacoes-/ (Acompanhar cliques)

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