Sargento cearense é morto no Rio de Janeiro
Carlos Albenio era natural de Crateús. Ele apresentava marcas de espancamento e teve o carro roubado
Jéssika Sisnando
O
cearense e 2º sargento do Exército Brasileiro (EB) Carlos Albenio
Liberato, 36, foi encontrado morto e com marcas de espancamento no Rio
de Janeiro, região sudeste do País. A vítima foi reconhecida por
colegas, no Instituto Médico Legal (IML) daquele Estado. Os funcionários
do Instituto repassaram aos amigos de Albenio que o cearense foi
encontrado por populares, ao lado da estação de trem na comunidade de
Campo Grande, já sem vida, e apresentando diversas marcas de
espancamento na cabeça.
Segundo o primo da vítima, Allison Liberato, o sargento Carlos esteve de
férias no Ceará durante o mês de dezembro. O militar permaneceu no
município de origem, Crateús (a 354Km da Capital Cearense) e passou o
Revéillon com a família, tendo viajado no último sábado (2) para o Rio
de Janeiro.
Na última segunda-feira (5), Carlos Albenio deveria se apresentar no
quartel do Exército no Rio, mas não apareceu. Os superiores do quartel
entraram em contato com a família e foram informados de que o mesmo já
havia embarcado para a capital fluminense. Eles foram até a residência
no bairro de Realengo, Zona Oeste, onde o cearense morava sozinho, mas
não encontraram ninguém. Em seguida, foram até o Instituto Médico Legal
(IML) e lá encontraram o corpo. No IML, os oficiais do Exército foram
informados de que o cearense foi encontrado morto, sem identificação, e
que teve o carro roubado, um Chevrolet modelo Sonic, de cor branca.
Segundo Allison Liberato, o cearense havia comprado o carro há cerca de
um ano. "Ele estava sem documento e permaneceu como indigente durante
quatro dias. Mas no início da manhã de segunda-feira (5), o comandante
do batalhão foi até o local fazer a identificação e também foi feito um
teste com as digitais. Depois que foi feita a primeira identificação,
eles avisaram aos familiares. A nossa irmã, que mora em Brasília, já
está no Rio de Janeiro. Ela foi até o local para fazer a liberação do
corpo e retirar a certidão de óbito e o sinistro do carro, devido o
roubo. Um militar de lá disse que a segunda sessão do Exército vai
acompanhar a investigação", explicou.
A família aguarda por notícias de qual teria sido a motivação do crime e
também busca informações sobre a identificação ou até prisão de
suspeitos do cometimento do crime.
A prima do sargento, Marcia Camelo, informou que a última visualização
do militar no aplicativo de celular Whatsapp foi às 16h do último
domingo (4). Ela também informou que toda a família aguarda o corpo para
ser velado ainda neste sábado (10) e que os parentes ainda não possuem
informações acerca da investigação da Polícia.
Adeus
Em Crateús, cidade natal, o militar que morava no Rio de Janeiro há 1
ano era conhecido como 'Carlinhos'. Ele recebeu várias homenagens nas
redes sociais. Amigos e conhecidos escreveram mensagens de carinho no
perfil do sargento. Um grupo de amigos do Exército e da turma do
cearense programavam uma homenagem por meio das redes sociais. Páginas
na Internet também comentaram o fato e lamentaram a forma violenta que o
sargento foi assassinado.
A reportagem entrou em contato com o delegado Alexandre Herdy, da
Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, que informou que o caso não
chegou ao conhecimento daquela unidade. Em contato com a Delegacia de
Realengo (33º DP), os inspetores informaram que os casos de assassinato
não são registrados pelas Delegacias Distritais.
De acordo com informações dos familiares, o corpo será velado no bairro
dos Venancios, na casa da mãe de Carlos Albenio. O enterro será no
cemitério Santa Rita, em Crateús.
DIÁRIO do NORDESTE/montedo.com/http://saladeestado.blogspot.com.br/
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