Pentágono pretende economizar US$ 500 milhões por ano com
encerramento das operações em 15 bases militares localizadas em cinco
países europeus
Com um orçamento apertado e reduzindo gastos de Defesa, os Estados
Unidos anunciaram nesta quinta-feira que vão encerrar as operações em 15
bases militares na Europa. Com a medida, o Pentágono espera economizar
500 milhões de dólares por ano.
No principal corte, os militares americanos vão deixar a base da Força
Aérea britânica de Mildenhall, no nordeste de Londres, onde ficam aviões
para operações especiais, de reconhecimento e reabastecimento. Cerca de
3.200 pessoas serão retiradas do local até 2019. As reduções serão
compensadas parcialmente nos próximos anos, quando o Pentágono adicionar
1.200 homens e dois esquadrões de jatos F-35 na vizinha base britânica
de Lakenheath. Outras bases serão fechadas na Alemanha, Bélgica, Holanda
e Itália.
Atualmente, os EUA mantêm 64 mil soldados instalados na Europa,
principalmente na Alemanha, Itália e Grã-Bretanha. Apesar dos cortes, o
número de tropas não deve ser reduzido, já que muitos militares serão
realocados para outras bases. Segundo a rede britânica BBC, muitas das
bases afetadas eram resquícios da estratégia americana na Guerra Fria.
Nos últimos anos, o Pentágono passou a buscar uma maior presença militar
na Ásia.
O secretário-assistente de Defesa, Derek Chollet, afirmou que as
mudanças em alguns países europeus reduzirá a infraestrutura de apoio,
mas não comprometerá a capacidade operacional dos militares americanos
na região. "Esses ajustes não diminuem a nossa habilidade de cumprir as
nossas responsabilidades com os aliados e parceiros", declarou Chollet.
"Na verdade, essas decisões vão produzir economias que vão nos capacitar
para manter a presença de uma força robusta na Europa."
O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, lamentou o anúncio,
mas afirmou em comunicado ao Parlamento que o aviso antecipado ajudará a
reduzir o impacto local. Ciente de que a decisão resultara na perda de
emprego de funcionários locais, o secretário de Defesa americano
demonstrou gratidão aos cidadãos europeus que trabalharam nas bases
usadas pelos EUA. "Eu agradeço o enorme apoio que nos deram durante
décadas", afirmou Chuck Hagel. (Com agência Reuters)
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