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sábado, 28 de março de 2015

Jornal Folha de São Paulo dedica editorial a ponte Brasil/Guiana

editorial a ponte Brasil/Guiana

: Após publicar reportagem sobre o "abandono" da ponte binacional construída em parceria com o governo Francês, o jornal Folha de São Paulo, dedicou o editorial dessa sexta-feira (27) ao atraso na execução da referida obra; Segundo a Folha atrasos na execução de obras se tornaram um deplorável hábito da administração pública brasileira


Amapá 247 - O editorial afirma que ligação representaria a oportunidade de exportar produtos agrícolas e pecuários indisponíveis no território vizinho, e mais, a conexão poderia incrementar o intercâmbio científico e tecnológico entre os dois países. (leia o editorial)
Editoral: Ponte nada pontual
Atrasos na execução de obras se tornaram um ato deplorável hábito da administração pública brasileira.
Os obstáculos que separam a intenção da realidade vão desde prazos irreais, pois amparados em projetos precários e maus fundamentados, até dificuldades na liberação de verbas, passando por licenciamentos ambientais lastreados em informações incompletas.
Dado, entretanto, que cada empreendimento possui especificidades próprias e condicionantes locais, torna-se muitas vezes avaliar a justeza das razões alegadas para a extensão dos prazos.
Constitui oportunidade única, assim, observar os desdobramentos da construção de uma ponte binacional no extremo norte do Brasil.
Única ligação entre Oiapoque, no Amapá, e Saint Georges de l“Oyapock, na Guiana Francesa, a obra de 378 metros, orçada em R$ 61 milhões e bancada por Brasil e França – deveria forma um inusitado corredor entre o Brasil e a Europa. Concluída desde 2011, não possuí, todavia, conclusão para ser inaugurada.
O traçado continua bloqueado porque o Brasil não cumpriu sua parte no acordo: concluir o complexo aduaneiro, com posto da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e Anvisa e a extensão da rodovia BR-156 até a ponte. Já a França consumou suas obrigações ainda em 2011, entregando a estrutura viária e aduaneira do seu lado da fronteira.
Território ultramarino francês a Guiana Francesa ocupa uma área pouco menor que Santa Catarina e possui uma população de cerca de 250 mil habitantes. Sua economia é baseada sobre tudo na pesca e na extração de ouro.
A ligação com o Brasil foi idealizada nos anos de 1990 como uma rota comercial terrestre entre o Mercosul e a União Europeia.
Para o Estado do Amapá, representaria a oportunidade de exportar produtos agrícolas e pecuários indisponíveis no território vizinho.
Mais importante, a conexão poderia incrementar o intercâmbio científico e tecnológico entre os dois países. A Guiana Francesa abriga o Centro Espacial de Kourou, principal base de lançamento da agência espacial europeia.
A inauguração da ponte chegou a ser agendada para o final de 2013.Agora o governo do Amapá afirma que as obras poderão ser entregues no final de 2015. A prudência, porém, recomenda ceticismo em relação ao calendário.
De previsível no episódio há apenas o atraso brasileiro, ainda mais vexaminoso dada a eficiência – ou seria apenas o simples respeito a prazos e metas? – francesa.

Fonte:http://www.brasil247.com/http://saladeestado.blogspot.com.br/

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