Segundo a revista,
passados 100 dias do segundo mandato, Dilma Rousseff teve que se
encontrar com a realidade que a campanha eleitoral escamoteou: economia
desmoronando, o petrolão, Congresso em oposição (inclusive antigos
aliados). E recentemente, a presidente vem lidando com a insatisfação
que vem das ruas.
A revolta da população começou dia 8, no
panelaço promovido durante o pronunciamento de Dilma, continuou em
vaias dirigida a ela quando comparecia a eventos, avançou pelos
protestos de sexta (13) e domingo (15).
Diferente dos protestos de junho de
2013, que começaram devido ao aumento das tarifas de transporte e
perderam o foco devido a adesão de muitos grupos insatisfeitos, as
manifestações desse início de ano aglutinam dois alvos bem definidos:
Dilma e o PT. E a presidente não tem com quem dividir as
responsabilidades.
Os movimentos atuais surgiram pela
internet, pegando a onda da greve dos caminhoneiros e dos professores e
ganharam força depois de o PT convocar um “ato em defesa da Petrobras”. A
reação foi catalisada por grupos como
o “Vem pra rua”, o “Movimento Brasil Livre” (MBL) e os “Legalistas”,
todos com discurso anti-PT, mas o coro é engrossado também por
profissionais liberais, estudantes e famílias inteiras sem filiação
partidária.
Sem ter para onde ou quem apelar, o
governo tem dito que a onda de manifestações é golpismo financiado pela
oposição. Essa tese parece não ter sustentação e só aumenta o número de
insatisfeitos: segundo levantamento da empresa Scup, após as declarações
de Mercadante (se referindo a um hipotético golpismo) e a emenda de
Dilma (relacionando as manifestações ao rompimento da ordem
democrática), o número de postagens nas redes sociais associando “Dilma”
a “impeachment” chegaram a representar 87% do tráfego digital.
Fonte: http://www.implicante.org
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