Hinos

sábado, 8 de novembro de 2014

Rússia e China abandonam o dólar americano.


dolar=papelhigiênico
Rússia e China abalam o dólar americano

A aproximação e o estreitamento das relações comerciais da Rússia e da China ameaça a continuação da prosperidade do dólar americano, consideram os especialistas em comércio internacional.
Durante a recente visita a Moscou do dirigente chinês Li Keqiang, chefe do Conselho de Estado da China, as partes confirmaram o desejo mútuo de aumentar ao máximo o pagamentos de suas contas em rublos e yuans, referente as trocas comerciais entre os dois países. Os peritos sublinham que semelhante tendência pode acabar por derrubar o domínio econômico dos EUA e do dólar como moeda de reserva internacional.

A aproximação e o estreitamento das relações comerciais da RÚSSIA e da CHINA (os dois países líderes do bloco dos BRICS) ameaça a continuação da prosperidade do dólar americano.
Por Leonid Kovachich – Voz da Rússia, 05 de novembro de 2014


Em maio deste ano, a gigante Gazprom (Rússia) e a CNPC (China) assinaram um contrato, válido por 30 anos, de fornecimento de gás russo à China no valor total de US$ 400 bilhões de dólares. Os primeiros pagamentos segundo este contrato serão realizados em yuans.
Por isso, o Banco Central da Rússia abriu uma linha de troca de moedas com o Banco Popular da China-BPC no valor de 150 bilhões de yuans (US$ 24,5 bilhões de dólares) em três anos. Deste modo, pela primeira vez na história, um negócio internacional no campo da energia foi realizado sem a participação do dólar, mas em yuans.
dolar X yuan
Claro que apenas um contrato de gás russo-chinês não influirá de forma alguma no destino do dólar. Porém, há razões para esperar que outros contratos comerciais no mundo também sejam efetuados e resolvidos sem o uso da moeda norte americana, assinala Andrei Vinogradov, dirigente do Centro de Prognósticos e Estudos Políticos:
“O volume do comércio entre a China e a Rússia é bastante grande. E precisamos de estabilidade. A volatilidade do câmbio do rublo em relação ao dólar influi negativamente nas relações comerciais e econômicas bilaterais entre a Rússia e a China. Por isso, ambos os países estão interessados em evitar riscos cambiais. Uma das formas de estabilização pode ser precisamente a passagem para as contas em moedas nacionais”.
A abertura pelo BC da Rússia de uma linha de troca com o BPC é o primeiro passo para a estabilização, assinala Andrei Vinogradov. Devido às sanções ocidentais, as empresas russas sentem falta de créditos baratos. Num momento em que estão fechados os habituais mercados ocidentais de capital, a linha chinesa em yuans é uma saída completamente justificada da situação, porque o BC da Rússia não terá de adquirir dólares americanos no mercado.
dolar-queda
Porém, é curioso que também outros países não afetados pelas sanções financeiras da parte do Ocidente tentam reduzir a dependência dos EUA e do dólar. No verão passado (n.t. junho/setembro no hemisfério norte), os chefes de Estado dos países membros do bloco chamado pelo acrônimo de BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) assinaram um pré-acordo sobre a criação de um conjunto de moedas de reserva e de um Novo Banco de Desenvolvimento.
No fundo, trata-se de mini-análogos regionais do FMI e do Banco Mundial, organizações que, durante os muitos anos da sua existência, se transformaram em instrumentos políticos de pressão dos interesses (nem sempre justos) dos EUA.Mais, até empresas dos EUA passaram a efetuar pagamentos em yuans. 
Segundo dados da SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), no ano passado, o volume de negócios em moeda chinesa triplicou. É vantajoso para as empresas americanas recusarem o uso do dólar nas transações com os seus parceiros chineses, porque, nos negócios em dólares, aumentam as despesas em comissões.
china-russia-agreement
Em maio deste ano, a gigante Gazprom (Rússia) e a CNPC (China) assinaram um contrato, válido por 30 anos, de fornecimento de gás russo à China no valor total de US$ 400 bilhões de dólares. Os primeiros pagamentos segundo este contrato serão realizados em yuans
Parece que Pequim pensa seriamente em criar um novo concorrente de moeda de reserva mundial para o dólar. Hoje, o governo chinês realiza a política de liberalização gradual da sua política monetária. Aumentou até 2% a margem comercial em que se pode alterar o câmbio do yuan. Foram levantadas algumas limitações à movimentação de capital, considera o economista Serguei Lukonin, do Centro de Estudos da Ásia e do Pacífico:
“As autoridades chinesas querem gradualmente fazer do yuan uma moeda de reserva mundial. Para isso é aumentada a fatia do yuan nas contas internacionais. Depois, a China retirará vantagens financeiras disso. Porque o yuan será mais estável. Os exportadores poderão receber maiores lucros. E o principal é que, se o yuan se tornar uma moeda de reserva mundial, embora esse seja um longo processo, a China poderá de certa forma influir em todo o sistema financeiro mundial”.
Todavia, como assinala o perito russo, por enquanto, a parte do yuan no comércio não corresponde de forma alguma ao lugar da China na economia mundial. Nenhum banco central, além do Banco da China, guarda reservas em moeda chinesa. O yuan não é uma moeda de pagamento do sistema CLS, que engloba mais de metade de todas as operações internacionais de conversão de moeda.
russia-obama-World-Famous-Bear-Trainer
Obama e as suas relações com o “urso” russo.
Por isso será difícil num momento só diminuir a dependência do dólar, assinala Serguei Lukonin. 70% das contas mundiais continuam a ser feitas em moeda americana. O yuan vem apenas em 7º lugar no mundo quanto à frequência de utilização atualmente. Porém, nada impede que a moeda chinesa de, nos próximos tempos, subir nessa escala. Isto porque esta aumentando constantemente o número de países que quer trabalhar diretamente com o yuan, sem mais usar o dólar.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/news/

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário