Fonte: Marinha do Brasil Oficial/http://saladeestado.blogspot.com.br/
O velho capitão do mar.
Como ele chegava partia
em meio a grande nevoeiro.
Ganhar o mar navegando,
era o seu imenso cruzeiro.
Mas, quando estava em terra
a descansar entre os amigos,
contava fatos da guerra
onde morava o perigo.
Sob a luz do lampião na
venda do cais sobre a rede
assim falava um homem de
barba grande e olhos verdes…
Em outros mares, em muitas ilhas,
fazem-se guerras embrutecidas
revoluções tão fratricidas e
genocídios com muitas vidas.
Essa foi uma triste história
de um fato daquela noite,
que registrei na memória
que trago com um açoite.
Quando estava ele no porto
pelo trapiche a andar, era
meio distraído, pra ele
ali não era o seu lugar.
Às vezes se comportava
como um louco desiludido,
bebia, fumava e gritava
que esta sendo perseguido…
Esse seu jeito estranho
por todos era conhecido,
no fundo o que procurava
era o seu amor perdido.
Olhava o mar tão distante
dizia que no fundo observava
no horizonte ou no poente o
que ninguém nunca notava…
Entre os gritos das gaivotas
o que parecia lhe chamar.
Com o seu coração partido
nunca podia ali ficar…
Seguia na madrugada
rumo certo ao alto-mar.
Como chegava ia embora
sem ninguém pra lhe saudar.
Deixava um medo da história
de um simples povo do lugar,
que desejava vida e glórias,
pro velho capitão do mar. (Jozeddonato)
Jozeddonato
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