Pilhados na operação Lava Jato, executivos de empreiteiras discutem
reservadamente com advogados a hipótese de identificar o que chamam de
verdadeiros mentores e grandes beneficiários da corrupção na Petrobras.
Dizem ter provas capazes de acomodar no centro do escândalo Lula e Dilma
Rousseff.
5.fev.2015 - O delegado Igor Romário concede entrevista sobre a nona fase da operação Lava Jato nesta quinta-feira (5) na sede da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná. Apelidada de "My Way", apelido de Renato Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras), na nova etapa da operação serão cumpridos 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de temporária, 40 de busca e apreensão e 18 de condução coercitiva - quando a pessoa é liberada depois de prestar depoimento. Os mandados serão cumpridos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
Em notícia veiculada na última edição de Veja, os repórteres Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Bela Megaele relatam detalhes de uma conversa ocorrida há duas semanas na carceragem da PF em Curitiba. Envolveu quatro executivos presos da OAS com seus advogados. O presidente da construtora, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiram os desdobramentos do caso do petrolão.
Frustradas todas as tentativas de deixar a cadeia ou de desmoralizar as investigações, os detentos ilustres cogitam colaborar com a Justiça em troca de redução das penas. A certa altura, Agenor Medeiros, diretor Internacional da OAS, desabafou: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.
Num eventual acordo de delação, os empreiteiros terão de apresentar dados ainda ignorados pelos investigadores da Lava Jato. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras [os políticos] para oferecer grana a eles?”, disse Léo Pinheiro, o presidente da OAS. Ele se queixa de ter sido abandonado por Lula, de quem se considera amigo.
O grupo decidiu que, se prosperar a ideia de firmar acordo com a Justiça, o delator será José Ricardo Breghirolli, responsável na OAS pelos pagamentos de propina a políticos e partidos.
Outro empreiteiro que coça a língua é o dono da UTC, Ricardo Pessoa, apontado como coordenador do cartel da petrorroubalheira. Em privado, ele conta que, a oito dias do segundo turno da disputa presidencial de 2014, reuniu-se em São Paulo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Tentava obter um financiamento bancário. Segundo a versão de Pessoa, Coutinho disse que ele seria procurado pelo tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva.
Edinho não tardou a fazer contato. Pediu uma doação para o comitê eleitoral de Dilma. Ouvido, Luciano Coutinho confirmou a reunião com o empreiteiro. Mas negou que tenha mencionado o nome do gestor do caixa da campanha petista. Depois da conversa com Edinho, o dono da UTC borrifou mais R$ 3,5 milhões na caixa registradora do comitê de Dilma e nas arcas do diretório do PT. A cifra somou-se aos R$ 14,5 milhões que a empresa já havia doado no primeiro turno.
Fonte: josiasdesouza.blogosfera/http://saladeestado.blogspot.com.br/
5.fev.2015 - O delegado Igor Romário concede entrevista sobre a nona fase da operação Lava Jato nesta quinta-feira (5) na sede da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná. Apelidada de "My Way", apelido de Renato Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras), na nova etapa da operação serão cumpridos 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de temporária, 40 de busca e apreensão e 18 de condução coercitiva - quando a pessoa é liberada depois de prestar depoimento. Os mandados serão cumpridos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
Em notícia veiculada na última edição de Veja, os repórteres Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Bela Megaele relatam detalhes de uma conversa ocorrida há duas semanas na carceragem da PF em Curitiba. Envolveu quatro executivos presos da OAS com seus advogados. O presidente da construtora, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiram os desdobramentos do caso do petrolão.
Frustradas todas as tentativas de deixar a cadeia ou de desmoralizar as investigações, os detentos ilustres cogitam colaborar com a Justiça em troca de redução das penas. A certa altura, Agenor Medeiros, diretor Internacional da OAS, desabafou: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.
Num eventual acordo de delação, os empreiteiros terão de apresentar dados ainda ignorados pelos investigadores da Lava Jato. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras [os políticos] para oferecer grana a eles?”, disse Léo Pinheiro, o presidente da OAS. Ele se queixa de ter sido abandonado por Lula, de quem se considera amigo.
O grupo decidiu que, se prosperar a ideia de firmar acordo com a Justiça, o delator será José Ricardo Breghirolli, responsável na OAS pelos pagamentos de propina a políticos e partidos.
Outro empreiteiro que coça a língua é o dono da UTC, Ricardo Pessoa, apontado como coordenador do cartel da petrorroubalheira. Em privado, ele conta que, a oito dias do segundo turno da disputa presidencial de 2014, reuniu-se em São Paulo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Tentava obter um financiamento bancário. Segundo a versão de Pessoa, Coutinho disse que ele seria procurado pelo tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva.
Edinho não tardou a fazer contato. Pediu uma doação para o comitê eleitoral de Dilma. Ouvido, Luciano Coutinho confirmou a reunião com o empreiteiro. Mas negou que tenha mencionado o nome do gestor do caixa da campanha petista. Depois da conversa com Edinho, o dono da UTC borrifou mais R$ 3,5 milhões na caixa registradora do comitê de Dilma e nas arcas do diretório do PT. A cifra somou-se aos R$ 14,5 milhões que a empresa já havia doado no primeiro turno.
Fonte: josiasdesouza.blogosfera/http://saladeestado.blogspot.com.br/
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