Um porta-voz policial de Telavive classificou o esfaqueamento como "atentado terrorista" e confirmou que quatro dos feridos estão a receber cuidados médicos em hospitais nas áreas circundantes. O palestiniano terá tentado fugir depois do ataque, mas foi atingido numa perna e está agora sob custódia da polícia.
Um representante do Hamas, Izzar Risheq, já veio a público descrever o ataque desta quarta-feira como "uma resposta natural aos crimes da ocupação e ao terrorismo contra o povo palestiniano", falando ainda de um ato "corajoso e heróico".
O perímetro de segurança foi elevado na cidade e nas áreas circundantes e as forças políciais estão no terreno para garantir que o ataque não tenha repercussões.
O suspeito, um jovem de 23 anos, viajava no autocarro no centro de Telavive, numa ponte em Maariv, e começou a atacar os passageiros, começando pelo condutor. A agência palestiniana Ma'an indicou que o indivíduo não tem ligação a qualquer grupo, tendo agido por conta própria.
Segundo a informação recolhida pela polícia, o suspeito trabalhava ilegalmente em Tulkarem, uma cidade da Cisjordânia ocupada pelos colonos israelitas.
"Ataque terrorista"
O primeiro-ministro Israelita já reagiu ao ataque e atribui responsabilidades à Autoridade Palestiniana, nomeadamente ao Presidente Mahmud Abbas: "O ataque terrorista em Telavive é o resultado direto de um incitamento envenenado (...) contra os judeus e o Estado judaico. Este é o mesmo terrorismo que nos ataca em Paris, Bruxelas e em toda a parte".
Desde o início da investigação, o incidente está a ser tratado como “ataque terrorista”, segundo revelou o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld no Twitter.
Palestinian terrorist Hamza Matrouk 23 from Talkarem carried out
terrorist attack this morning in Tel Aviv. Investigation continuing.
— Micky Rosenfeld (@MickyRosenfeld) January 21, 2015
O incidente ocorrido esta manhã é mais um episódio de ataques isolados desencadeados do lado palestiniano, incluindo um ataque a uma sinagoga em Jerusalém que fez um total de cinco vítimas mortais.
Depois do cessar-fogo que colocou fim a um conflito de 50 dias entre Israel e o Hamas durante o verão de 2014, a tensão entre as duas forças tem sido marcada pela disputa territorial em Jerusalém, num local sagrado para a religião muçulmana e judaica.
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