A ponte do Oiapoque está pronta mas ainda não pode ser utilizada.
Única ligação terrestre entre as cidades de Oiapoque (AP) e Saint Georges de l’Oyapock, na Guiana Francesa, o traçado não foi liberado porque o Brasil ainda não cumpriu sua parte: concluir as obras da aduana e a ligação da rodovia BR-156 até a obra.
A ponte estaiada mede 378 metros, custou R$ 61 milhões, divididos entre os dois países, e está pronta desde junho de 2011, mesma época em que a França concluiu toda a estrutura viária e aduaneira do seu lado da fronteira.
Ainda em 2011, os franceses concluíram a rodovia de quase 200 km que ligou Saint Georges à capital Caiena.
FALTAM OS POSTOS
Além das obras da fronteira brasileira, que incluem postos de Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), orçadas em cerca de R$ 13 milhões, os dois países ainda precisam ratificar acordo relativo ao transporte terrestre de pessoas e mercadorias.
“Eles precisam muito mais de nós que nós deles. A Guiana Francesa não dispõe de agricultura e pecuária, por exemplo. Será um grande corredor comercial, com acesso à UE”, diz Alcir Figueira Matos, diretor da Agência de Desenvolvimento do Amapá.
O governo federal chegou a agendar uma data de inauguração, no final de 2013, com presença da presidente Dilma Rousseff, mas recuou.
Enquanto isso, os brasileiros que se aventuram até a Guiana Francesa –a maioria em busca de trabalho na mineração– utilizam barcos para vencer o rio Oiapoque. O caminho inverso, porém, tem sido feito pela própria ponte, pois o posto aduaneiro da Guiana já funciona.
A exigência de seguro dos veículos que chegam à Guiana Francesa e do visto de entrada, ambos em vigor, são pontos ainda em debate. E a invasão de imigrantes ilegais via Amapá é, há alguns anos, uma das principais preocupações da França. ((reportagem enviada por Wilson Baptista Jr.)
Lucas Reis
Folha
Apenas 378 metros separam o Brasil da França. Mas este trajeto entre o
Amapá e a Guiana Francesa, território ultramarino do país europeu,
virou um percurso problemático que já dura 18 anos. Idealizada em 1997
pelos então presidentes Fernando Henrique Cardoso e Jacques Chirac, a
ponte binacional que liga a América do Sul à UE (União Europeia), sobre o
rio Oiapoque, está concluída desde 2011, mas não tem previsão de
inauguração.Folha
Única ligação terrestre entre as cidades de Oiapoque (AP) e Saint Georges de l’Oyapock, na Guiana Francesa, o traçado não foi liberado porque o Brasil ainda não cumpriu sua parte: concluir as obras da aduana e a ligação da rodovia BR-156 até a obra.
A ponte estaiada mede 378 metros, custou R$ 61 milhões, divididos entre os dois países, e está pronta desde junho de 2011, mesma época em que a França concluiu toda a estrutura viária e aduaneira do seu lado da fronteira.
Ainda em 2011, os franceses concluíram a rodovia de quase 200 km que ligou Saint Georges à capital Caiena.
FALTAM OS POSTOS
Além das obras da fronteira brasileira, que incluem postos de Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), orçadas em cerca de R$ 13 milhões, os dois países ainda precisam ratificar acordo relativo ao transporte terrestre de pessoas e mercadorias.
“Eles precisam muito mais de nós que nós deles. A Guiana Francesa não dispõe de agricultura e pecuária, por exemplo. Será um grande corredor comercial, com acesso à UE”, diz Alcir Figueira Matos, diretor da Agência de Desenvolvimento do Amapá.
O governo federal chegou a agendar uma data de inauguração, no final de 2013, com presença da presidente Dilma Rousseff, mas recuou.
Enquanto isso, os brasileiros que se aventuram até a Guiana Francesa –a maioria em busca de trabalho na mineração– utilizam barcos para vencer o rio Oiapoque. O caminho inverso, porém, tem sido feito pela própria ponte, pois o posto aduaneiro da Guiana já funciona.
A exigência de seguro dos veículos que chegam à Guiana Francesa e do visto de entrada, ambos em vigor, são pontos ainda em debate. E a invasão de imigrantes ilegais via Amapá é, há alguns anos, uma das principais preocupações da França. ((reportagem enviada por Wilson Baptista Jr.)
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