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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Funcionários de hospital estadual do Rio não recebem e Pediatria e Tomografia são fechadas

Funcionários de hospital estadual do Rio não recebem e Pediatria e Tomografia são fechadas


Fachada do Hospital Getúlio Vargas Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
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Elisa Clavery
As alas de Pediatria e Tomografia do Hospital estadual Getúlio Vargas, que fica na Penha Circular, Zona Norte do Rio, foram fechadas nesta segunda-feira. Os motivos, segundo o Sindicato dos trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev), foram a falta de pagamento do 13º salário e dos plantões extras de médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares de enfermagem, além do atraso no pagamento de funcionários da limpeza, que também estão paralisados.

— Não há materiais básicos, como esparadrapo, soro, medicamentos, filme para tomografia — denuncia a diretora do Sindsprev Clara Fonseca: — Quem sofre é a população e quem segura as pontas são os funcionários, que são xingados por quem, com razão, exige saúde de qualidade.

Ainda de acordo com a Sindsprev, a ala da Emergência do hospital só está funcionando em casos graves.

— Só há atendimento para quem chega de ambulância, outros casos são direcionados para as UPAs da região — informa Clara, que também denuncia a precariedade no Hospital estadual Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio: — Funcionários terceirizados do Rocha Faria não recebem há dois meses e a Emergência da maternidade só recebe gestantes com muitas contrações.

Segundo uma funcionária terceirizada da limpeza, que preferiu não se identificar, não há previsão para o recebimento dos salários. O vale-transporte de muitos funcionários e o 13º também estão atrasados.

— Se até sexta-feira não sair o pagamento, e provavelmente não vai sair, os funcionários de outras alas vão paralisar — afirma a funcionária.

O líder comunitário do Complexo da Penha, Luiz Cláudio dos Santos, preocupa-se com a má qualidade do serviço de saúde, devido à falta de limpeza do hospital.

— É muito perigoso atender os pacientes se não tem limpeza no hospital. As pessoas estão correndo risco de vida e os médicos estão preocupados, porque se houver algum problema a culpa vai cair sobre eles — afirma Luiz Cláudio.

A Secretaria de Estado de Saúde admitiu, em nota, que alguns serviços ficaram restritos, o que “deverá começar a ser solucionado mediante a liberação de repasses da Secretaria de Estado de Fazenda para o Fundo Estadual de Saúde”. O órgão também informou que está reunindo esforços com a Secretaria de Estado da Fazenda para “cumprir com as suas responsabilidades orçamentárias e financeiras, o que inclui pagamento de fornecedores e Organizações Sociais de Saúde”  Fonte: globo.com

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