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domingo, 17 de janeiro de 2016

Brasil estuda o que fazer com franco-argelino condenado por terrorismo

Brasil estuda o que fazer com franco-argelino condenado por terrorismo
Ele é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e nega acusação. Justiça da França tem e-mails que comprovariam ligação com a Al-Qaeda.

O governo brasileiro avalia que medidas pode tomar em relação a um físico condenado por terrorismo na França e que hoje dá aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. O Jornal Nacional teve acesso às mensagens que, segundo a justiça francesa, foram trocadas entre o físico de origem argelina e um representante da rede terrorista Al-Qaeda.
São 35 e-mails que, segundo a justiça da França, comprovam as relações do professor franco-argelino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o grupo terrorista al-Qaeda.
A Revista Época revelou que Adlène Hicheur foi condenado por terrorismo na França. Foi preso em 2009, cumpriu a pena e chegou ao Brasil em 2013.
Em carta a colegas, o professor disse que foi preso de forma injusta e que apenas visitou sites islâmicos subversivos.
O Jornal Nacional teve acesso à decisão da justiça francesa que cita mensagens de Hicheur com um representante da al-Qaeda encontradas em buscas na casa dele, em Ornéx.
Em junho de 2009, ele recebe a proposta em francês: “Caro irmão, vamos ser diretos: você está disposto a trabalhar dentro de uma unidade em ativação na França? Quais ajudas seriam possíveis oferecer? Quais suas sugestões?”.
Ele responde que sim e diz que queria morar na Argélia, mas pode mudar seus planos e ir para a Europa se a estratégia for trabalhar dentro da casa do inimigo e esvaziar o sangue das suas forças.
O integrante da Al-Qaeda comemora: “Por Deus, você me agradou muito”.
A justiça francesa cita também documentos encontrados na casa de Hicheur sobre a história do islã. Um deles traz indicações sobre fuzis de precisão e detalhes militares.
A UFRJ diz que a contratação dele seguiu os trâmites habituais. A Polícia Federal já monitorava Adlène Hicheur desde 2013. Em outubro de 2015, agentes fizeram buscas na casa dele no Rio e também na UFRJ. O visto de trabalho vale até julho deste ano.
Nesta terça-feira (12), a presidente Dilma Rousseff conversou sobre o caso com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que avalia as medidas que pode tomar: “Eu não posso dar detalhes daquilo que efetivamente se coloca, por isso a questão está sendo estudada do ponto de vista jurídico pelo Ministério da Justiça, pelo Itamaraty, pela Casa Civil para que possamos ter uma definição a respeito”, diz o ministro.
Adlène só sai do país se a UFRJ cancelar o contrato de trabalho, já que a permanência no Brasil está vinculada a isso; ou se o Ministério da Justiça decidir cancelar a permissão de ficar no Brasil.

Fonte:G1.Globo.com

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